Porque é o macho tão bravo?
Inventa, magica, erige
castelos de areia sem sonhos.
Mas impede! o imberbe,
omnipotente maníaco,
tarado sexual imbecil,
fetichista social,
implacável arrogante,
verdugo infeliz,
chibante impotente,
apático antipático,
com treze anos ou menos,
arroja cortar-me os pés
e dizer-me que sou um bébé!
É impossível harmonizar a contenda:
dum lado, temos o imberbe
convicto da sua maioridade;
do outro, a mulher adulta
a ser tratada como fraldesca.
E no meu copo borbulham pedras salgadas
enquanto, no compasso do tempo, fortemente
comprimo as inabaláveis forças da criança.
Ele, o patriarca pubescente;
e eu, mulher da humanidade, sofrendo
só porque ele tem conflitos de idade.
E imagina-me frágil...
1996
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