Por vezes,
quando anestesiada,
esquecida
lembro-me de ti:
a figura, a alma trocada,
a facada na vida,
o passado em mim.
E prossigo cheia,
contudo vazia...
perdida de ti.
Sempre lembrado,
tu que eras tudo,
ausente de mim...
ainda te vejo:
não substituído,
mas aqui.
Se aqui pernoitaras,
serias morto; assim
vivemos, tudo está certo.
A dor dilatou-me
o coração. A dor
passou, aqui te guardo
por entre o mundo.
E tu onde escondes,
amado, o rosto
que nunca mais vi?
Sei que os homens
são como são...
e só por isso
quase desisto.
Mas pego na espada
para matar o homem
que há em mim.
Só,
por ti.
1995
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