[Teresa cria estar presa]
Teresa cria estar presa
no século passado,
enredada num libidinoso fado
de penas e suores vertidos
contra o corpo do amante
onde louca se escondia
com inexplicáveis sorrisos.
Noite e dia voando
ansiosa por um deleite,
viu no estrondo percorrido
o sono em que se perdia
quando, cansada e atrevida,
acordava a preguiça sentimental
de um corpo sem enredo.
Restou apenas um relâmpago:
_sem trovão, pois então!
8 Jan. 97
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