Defronte do espelho um homem
Imagem real e imagem virtual
Dentro do espelho a figura nua
Vestida do lado de fora
Sobre degraus o homem sobe
O corpo coberto por uma capa
Ao cimo da escada uma porta
Do lado de lá outro espelho
Com a imagem nua do homem defronte
Subindo a escada à procura da sua figura
Salas vazias e portas abertas
Numa sucessão infinita de rectas
O homem percorre o espaço
No fundo interminável um espelho
Reflecte a imagem da loucura
1987
Olá, Maria :-)
ResponderEliminarGosto deste poema. Tem uma sonoridade shakespereana, entre a sua dramaturgia trágica e o lirismo dos seus sonetos.
Aproveitando a tua autorização genérica, vou transcrevê-lo em Ao Sabor do Olhar
Bjo do
V. Manel
Viva, submersa :-)
ResponderEliminarTens uma mensagem no sítio do costume ou ponto de encontro. Segundo as minhas contas, se não efabulas, és pouco mais que uma teenager.
Portanto trata-me por tu, como é hábito na blogosfera e nas salas de conversação, qualquer que seja a idade dos interlocutores/falantes, e não me faças mais cota do que já sou :-)
Bjo
Victor Manuel