Nada, nada...
_ que quereis que vos diga?!
Ficai aí, reluzentes e estúpidos,
olhando pra mim.
Mas não vos fixeis por demais!:
pode ser que eu decida
lançar-vos fogo, vendavais,
comida, bolor, sangue de rapariga...
Ficai aí onde estais!
Porque, se vos aproximais
sulco -vos com o meu amor:
e ficais perdidos, pobres, tristes...
Pois descobrireis
que não vale a pena viver entre cordéis
à espera da mão divina
que vos abra o coração
e exponha o ventrículo da coragem
de ser pequenino.
1 Abril 87
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