X decifra o pó dos enigmas
E na obsessão enche o vácuo
Sofrendo por não sublimar o impacto
Impado de tédio e sexo sumido
X desespera por estar à procura
De anormalidade nos símbolos
Que a sina dos séculos ofuscou
Agora só desvenda o nada
Entristecido nos corredores do corpo
Mal amado por causa das vidas
Sopesadas no espírito dos buracos
Cavados onde se enjeita a morte
Na roleta das crenças necessárias
X sofre de desamor por X mesmo
8 Jan. 97
Senti o coração silencioso da terra
ResponderEliminarSenti a batida das ondas do mar
Senti a dureza das nuas pedras
Duvidei sete vezes da palavra amar
Quebrei as cadeias do pensamento
Aprisionei o Mar numa gota de sal azul
Vendi os sonhos aprisionados em minhas mãos
Sentei-me para contemplar um pássaro voando para sul
Terno beijo
Calcei luvas, branca e negra
ResponderEliminarAfastei os braços ao abraço
Encontrei um pássaro feliz
As uvas são amargas no Mês de Março
Anos, dias, vidas que se perdem da vida
Voltaram com o Sol as Andorinhas do Mar
Quantas vagas correram adiante
Quantas perdidas penas entre o partir e chegar
E as pedras da ilha…
As pedras da ilha não têm idade
Não tem limite o amor quando é amor
Não tem medida a extensão da saudade
Doce beijo
Tenho uma fé feito de mil cores
ResponderEliminarUma paleta onde misturo as emoções
Este pincel deixa tanta marca vibrante
E um mundo imenso de contradições
Pinto rostos, o céu, a saudade
Pinto mentiras, corações sem chama e verdades
Pinto o Mundo muito à minha maneira
E um barco carregado de puras saudades
E apago o olhar para ver melhor
Para sentir o dizer de um amarrotado papel velho
O que vejo está muito para lá de sentir
Nesta…Outra face do Espelho…
Mágico beijo
Tão calmamente corre esta viagem
ResponderEliminarA terra anda devido ao amor
O que é isso de amar com amor?
O que é isso de o perder sem dor?
O que é isso de acreditar
Às vezes Deus carrega ao colo um justo
Às vezes uma reza acende o Sol a meio da noite
Às vezes duvido acreditando a custo
Abracei o mundo este natal
Lembrei passados desvanecidos
Senti aromas que pensei perdidos
Senti que a vida me infligiu mil castigos
Senti que a solidão era a porta para a razão
Que era uma criatura sem grande importância
Senti que ainda não tinha traçado todos os rumos
Que não há longe perto da distância
Um mágico fim de ano
Um abraço
O meu pranto escondeu as sílabas de uma palavra
ResponderEliminarO meu céu não precisa de Sol para ser azul
A minha emoção transbordou nesta clara manhã
Tal como as incontidas águas que correm para sul
Este Inverno que o meu querer instaurou
Tem o rosto coberto por densa bruma
Tem a força de todas as marés esta emoção
Que devolvi hoje à espuma
Doce beijo