Voltarei ao primeiro ímpeto de amor
Voltarei à palanca da primeira entrega
Voltarei à ilusão da ditosa infelicidade
Na vida sentindo as únicas entranhas
Que sem sonhos em mim se movem
Na eterna procura
Abrigo na alma a explosão de lava
Da primeira febre comungada na terra
Enquanto o fogo revolvia os rios
E o gelo queimava os ciprestes
Na eterna procura
Em cada chama sentirei as mentiras da lei
Para sempre aspirarei o teu perfume e calor
Morta serei quando me fugires, amor
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Fev. 97
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