Amigo,
pra quê um armário tão grande, se ninguém te come?
Onde escondeste o amor, o mel, a verdura dos olhos?
Pra quê tanta mentira? se, desalentado, não dormes
e fechas o poeta no armário que te protege a ilusão.
Neste mundo de seres obedientes,
almejaste subir ao inferno:
_ o que por lá viste?...
Por detrás desses olhos queimados,
com a alma fora do mundo
entraste no tédio,
armando a coragem cobarde
nesse imenso armário que te defende,
para exibires a verdade...
Amigo,
não fujas de mim, que não minto!...
16 Dez. 96
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Você é uma grande poetisa. Admiro-te.
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